DITADURA DISFARÇADA DE DEMOCRACIA
Nas manifestações públicas no ano passado, não era incomum os brasileiros pedirem a volta da ditadura, para consertar o Brasil. Quem pedia isso, no mínimo, foi beneficiado pelos ditadores, foram torturadores ou desconhecem a triste história deste período sombrio, de assassinos sanguinários, que se divertiam com o sofrimento e até morte dos brasileiros que queriam um país livre da baioneta, do alicate nas unhas, do mergulho em tonéis, do pau-de-arara, do vilipêndio de obras na literatura, poesia e outras. Enfim, achávamos que os brasileiros queriam liberdade. Ledo engano.
A proibição de jornalistas de fotografarem o acima de Deus, presidente da república, numa cerimônia, entre outras, que já começam a ser impostas no segundo dia do reinado.
Jornalistas foram proibidos de portar celular, beber água, mesmo em copo de plástico, comer fruta, fazer vídeo e outras coisas. O general Augusto Heleno tentou justificar o injustificável, alegando procedimento de segurança e até que um celular poderia cair e atingir o presidente ou outra autoridade, quando o pessoal estava no mezanino.
Vamos nos acostumando aos “ensinamentos” da ditadura do futuro Maduro brasileiro.
Precisamos de liberdade, que não pode ser confundida por libertinagem.
Nós podemos aceitar que uma ministra tente proibir que um pai dê uma camisa azul para a filha ou rosa para um filho.
Escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a pastora evangélica Damares Alves virou o assunto das redes sociais, após aparecer em um vídeo onde ela diz que é uma "nova era no Brasil": "Menino veste azul e menina veste rosa", declara. A frase, é claro, virou motivo de piadas e memes e muitos famosos como Luciano Huck, Angélica e Monica Iozzi aproveitaram para protestar com ironia contra a declaração da ministra.
A partir de agora, nenhuma mulher, poderá usar roupa de cor azul, principalmente biquíni.
A ministra deverá mandar banir aquela música que tem o verso: vesti azul, minha sorte então mudou.
Terá que recolher, inclusive na casa de quem tiver, o disco da cantora Adriana, que gravou a mesma música de Nonato Buzar, mas com o título Anjo Azul, uma vez que Wilson Simonal gravou com o título Vesti Azul.
O diretor do selo Equipe, Osvaldo Cadaxo, pediu ao compositor Nonato Buzar, autor do sucesso “O Carango”, uma música para a cantora Adriana, de quatorze anos, filha de um amigo seu. Mal terminara o encontro e Nonato já começava a cantarolar letra e melodia da nova canção, logo informando a um incrédulo Cadaxo que a música estava pronta.
Assim nasceu “Anjo Azul” — título que é uma homenagem ao legendário filme de Marlene Dietrich — em que o autor completava as pausas com passagens instrumentais, as quais, embora sem letra, faziam parte da composição, uma toada, dançante, urbana: “Estava na tristeza que dava dó / vivia vagamente, andava só / mas eis que de repente apareceu / um brotinho lindo que me convenceu / dizendo que devia vestir azul / (...) / vesti azul / pã pã paã pã paã / minha sorte então mudou...”
Dias depois, enquanto Ed Lincoln preparava o arranjo para Adriana, Nonato mostrou em São Paulo a música a Wilson Simonal que gostou e pediu para que ele a gravasse numa fita cassete. Daí surgiriam, quase ao mesmo tempo, as duas gravações com títulos diferentes, a de Adriana (na Equipe) como “Anjo Azul” e, para surpresa do autor, a de Simonal (na Odeon) como “Vesti Azul”.
Campeãs de vendagem, ambas adotavam o estilo “pilantragem”, já mencionado, tendo prevalecido o título “Vesti Azul”, em razão principalmente do sucesso de Simonal, que na ocasião comandava o programa “Show em Si Monal”, na TV Record. “Vesti Azul” seria gravada, em versão de Paul Anka e Sammy Cahn, no exterior com o nome de “Something Else”.
Portanto, a partir de agora, as brasileiras ficam proibidas de cantar o Vesti Azul do grande Wilson Simonal.
Como o Brasil é um país surrealista e De Gaulle já tinha profetizado, que este não é um país sério, nós conseguimos chegar a ditadura pela via democrática do voto. Foi o maior Fake News, que uma sociedade doida e que não existe uma definição em qualquer livro de filosofia ou sociologia, já produziu.
Mas, na verdade, à frase não é de Charles De Gaulle, mas sim do diplomata brasileiro que, na época, em 1962, durante a guerra da lagosta com a França, disse O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO”. Portanto, o francês Charles De Gaulle nunca disse.
Sucede que, embora pudesse ter dito sem receber muita contestação embasada, De Gaulle nunca disse que o Brasil não era um país sério. O autor da frase é o diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, embaixador do Brasil na França entre 1956 e 1964, genro do presidente Artur Bernardes.
Mas deixando de lado estas loucuras históricas, vamos cair na real e preparar o lombo para as futuras chibatadas, que serão para todos, menos quem estiver no caldeirão.
LIDERANÇA
O deputado Francisco Gualberto (PT) não será mais o líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). Apesar do governador Belivaldo Chagas (PSD) já ter comentado que por ele o petista continuaria na liderança da situação, o deputado confirmou, na sessão extraordinária, a renúncia da função para a próxima legislatura.
PARCEIRO
Gualberto explicou que as razões para a decisão são particulares. “Eu estou com dificuldades pessoais, já expliquei ao Governador. Tenho necessidade pessoal de não mais ficar à frente da liderança. Portanto, serei um parceiro da pessoa que assumir”.
VICE-PRESIDENTE
O parlamentar revelou, ainda, o desejo de compor a Mesa Diretora da Alese, na função de vice-presidente. “Somente em uma condição em que eu possa continuar defendendo o projeto. O regimento permite que o vice participe das comissões, que venha à tribuna fazer defesa do governo, e não vou me afastar disso”, frisou.
MESA
Posteriormente, discursando no plenário, Gualberto rechaçou chegar ao cargo por meio de conflitos e disse estar aberto ao diálogo com Garibalde Mendonça, atual vice-presidente do parlamento estadual. A eleição da Mesa Diretora acontece no dia 1º de fevereiro, logo após a posse dos deputados.
OPOSIÇÃO
A oposição ainda não tem definição sobre quem irá liderar a bancada na próxima legislatura. Georgeo Passos revelou que ainda irá aguardar os novos colegas para conversar. “Liderança não se impõe, é preciso conquistar. Lógico que meu nome está à disposição para permanecer, mas se entenderem por outra pessoa, podem contar com nosso apoio”.
CAPELA
O ex-prefeito de Capela, Ezequiel Leite (PR), e sua esposa e ex-primeira dama Sônia Penalva desmentem, categoricamente, os rumores espalhados no município por adversários insinuando uma espécie de “aproximação política” de ambos com a prefeita Silvany Sukita.
DECISÃO PRÓPRIA
Ezequiel explica que foi prefeito por quatro anos, que por opção própria não disputou a reeleição, que decidiu fazer oposição à atual gestão e que não existem razões para qualquer aproximação. “Independente das questões políticas, eu aprendi a respeitar a soberania popular. Fomos colocados na oposição pelo povo e é aqui que vamos continuar”.
EMPRESÁRIO
O ex-prefeito disse que tem uma vida empresarial respeitada e que deixou uma boa impressão enquanto gestor do município. “Deixamos Capela com os salários em dia, com os fornecedores e prestadores de serviços com seus pagamentos atualizados e com a estrutura da prefeitura funcionando a contento. Fui gestor, tenho um nome a zelar e não preciso fazer esse tipo de negociatas que estão criando”.
NEGOCIAÇÃO
Segundo os boatos espalhados em Capela, Ezequiel e Sônia estariam supostamente negociando uma aliança política com a prefeita em troca de cargos na administração. “Sou empresário e não preciso da política para viver! Fui prefeito com a intenção de fazer o melhor para a minha terra. Tenho consciência que dei o melhor de mim e não me arrependo. Continuo político, mas não faço negociatas e nem tenho intenção de me aproximar desse pessoal”.
EX-PRIMEIRA DAMA
A ex-primeira dama de Capela também negou qualquer aproximação com Silvany. “Essa prefeita, junto com seu ex-marido, estão levando Capela para um novo abismo. É triste a realidade do nosso município. As pessoas clamam por assistência do poder público. Nós não precisamos de cargos! Queremos é que a prefeitura trabalhe! Seguimos na oposição, temos um grupo político forte e não existe qualquer tipo de aproximação. Fazemos da política não um meio de vida, mas de transformação social”.
ESTABILIDADE
O projeto do Executivo, aprovado por unanimidade, pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, nessa quinta-feira (3), nas Comissões Temáticas e em plenário, durante a convocação extraordinária da Alese, que pede autorização para ceder créditos decorrentes de royalties, participações especiais e compensações financeiras relacionados à exploração de petróleo e gás natural, recursos hídricos e minerais para a capitalização do Finanprev/SE, pode garantir até seis meses de estabilidade para o pagamento dos salários dos aposentados e pensionistas.
AVALIAÇÃO
A avaliação é do deputado governista Zezinho Guimarães (MDB). Segundo ele, ao todo, são quase 33 mil servidores, o que representa uma folha mensal com aposentados e pensionistas da ordem de R$ 170 milhões, aproximadamente. Ele lamentou o fato de o Estado não possuir recursos no tesouro suficientes para honrar este compromisso. Zezinho defende a aprovação da antecipação dos royalties, mas entende que o Executivo precisa encontrar uma solução mais definitiva para o problema.
APOSENTADOS
Zezinho Guimarães explica ainda que o governo instituiu um novo teto para os novos funcionários e, aqueles que desejam ganhar mais de R$ 5 mil, devem procurar um fundo privado ou um fundo de capitalização, já institucionalizado pelo governo. “A massa antiga dos aposentados vai aumentar nos próximos anos e a situação tende a ser agravar ainda mais”.
EMPRÉSTIMO
Zezinho pontuou ainda que a antecipação só foi possível porque o Governo do Estado conseguiu quitar o empréstimo tomado em 2014. “Agora em dezembro o governo terminou de pagar, integralmente, aquele empréstimo dos R$ 500 milhões. Por isso esse empréstimo de até R$ 400 milhões está sendo viabilizado”, disse, antecipando que o Estado vai procurar o banco que cobrar a menor taxa. “A Sefaz pediu para suprimir os bancos públicos para ter maior flexibilidade para poder negociar com os bancos privados e buscar aquilo que for mais favorável ao tesouro”.
APOIOU
O deputado estadual Georgeo Passos participou na manhã desta quinta-feira, 3, da sessão extraordinária convocada pela Assembleia Legislativa que votou alguns projetos do Poder Executivo, entre eles, o PL 01/2019, proposta que possibilitou uma operação de crédito com antecipação dos royalties do petróleo visando o pagamento da folha dos aposentados e pensionistas do Governo. O projeto foi aprovado por unanimidade.
SEM PREJUÍZO
O parlamentar votou favorável a matéria, segundo ele, por entender o momento. “É uma responsabilidade muito grande apreciar uma matéria como essa. Durante a legislatura, votei contra alguns empréstimos do Governo. Mas, neste projeto específico, voto pela aprovação para que a gente não cause mais prejuízos para aqueles que já vem sofrendo há muito tempo”, explicou.
FOLHA
Georgeo lembrou que a folha está sendo fechada com atraso e geralmente os aposentados e pensionistas ficam para serem pagos por último. Por isso, a aprovação do PL se tornou necessária para normalizar essa situação. No entanto, o deputado destaca que essa é uma solução paliativa e que a Assembleia precisa discutir soluções para o problema da Previdência estadual.
ALIADOS
Apesar do voto favorável ao Governo nesta discussão, Georgeo fez questão de destacar que sua postura será mantida neste novo mandato. O parlamentar disse que não estará no bloco denominado como “independentes” e que continuará fazendo parte da oposição. “Todos sabem como me portei nesta legislatura e trabalharei da mesma forma: continuarei fazendo o contraponto ao Governo que se iniciou em 1º de janeiro”, frisou o parlamentar.
ROYALTIES
Os deputados estaduais participaram de sessão extraordinária na Assembleia Legislativa e aprovaram projeto de lei que garante a possibilidade de antecipação de royalties ao Estado para pagamento de salários de aposentados e pensionistas. Com isso, o governo poderá antecipar até R$ 400 milhões da receita prevista, mas o governador Belivaldo Chagas já adiantou que pretende utilizar cerca de R$ 250 milhões. Para Francisco Gualberto (PT), os deputados votaram de forma unânime com a consciência de que o projeto não significa uma solução definitiva para o problema do déficit da previdência.
TÁTICA
“Estamos atuando de forma paliativa e enfrentando o problema. Saliento o cuidado e zelo do governador Belivaldo Chagas, que ao perceber a realidade e a importância de não interromper pagamento de aposentados, usou essa tática da utilização de parte dos royalties para, por alguns meses, ter o paliativo de ir tocando o barco”, disse o líder do Governo.