Fux é relator de habeas corpus

Categoria: Esporte Escrito por José Raimundo Feitosa

fuzMaior instância do Judiciário brasileiro vai julgar se jogador pode ou não aguardar que se esgotem todos os recursos da pena por estupro coletivo, decretada pela Justiça da Itália
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) será o relator do pedido de habeas corpus do ex-jogador Robinho. A distribuição do processo ao ministro ocorreu no fim da manhã desta quinta-feira. A defesa do ex-atacante pretende que ele aguarde em liberdade os recursos que tentam impedir que ele cumpra no Brasil a sentença de nove anos de prisão decretada pela Justiça da Itália por estupro coletivo.
Na última quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho deve cumprir pena no Brasil. O voto do relator do caso, ministro Francisco Falcão, foi acompanhado por oito ministros. Só houve dois votos divergentes.
A defesa de Robinho acionou o STF nesta quinta-feira para evitar a prisão imediata do atleta, no Brasil, para o cumprimento da pena. Além do pedido para tentar impedir que ele vá imediatamente para a prisão, o advogado do ex-jogador também informou que vai recorrer da decisão no próprio STJ.
O pedido do habeas corpus de Robinho afirma que o ex-jogador não apresenta risco de fuga do país, uma vez que ele entregou o passaporte ao STJ no ano passado e está impedido de deixar o Brasil.
— No caso em questão, o paciente aguardou em liberdade todo o processo de homologação e nunca representou um risco à aplicação da legislação pátria, portanto sua liberdade é de rigor até o trânsito em julgado da discussão — argumentou a defesa no pedido.
Agora, o ministro Luiz Fux decidirá se Robinho pode ou não aguardar que se esgotem os recursos em liberdade. Caso ele não conceda o habeas corpus, o ex-jogador pode ser preso a qualquer momento, visto que a decisão do STJ pedia o cumprimento imediato da pena, em regime fechado.


Por Leonardo Lourenço e Lucas Magalhães — Brasília