"Maior patrocínio não ganha jogo"

Categoria: Esporte Escrito por José Raimundo Feitosa

diogoO Figueirense voltou a aprontar na Copa São Paulo de Futebol Júnior. E João Diogo novamente foi o "terror" de um gigante do futebol brasileiro. Depois de fazer o gol que eliminou o Flamengo na segunda fase, o atacante abriu o caminho para a vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, na noite da última terça-feira, em Capivari, pelas oitavas de final.

À essa altura do torneio, já não dá mais para considerar o Figueirense um "azarão". Tampouco chamar João Diogo de "surpresa". A campanha do time e o desempenho do atacante exigem respeito. O recado é do próprio artilheiro alvinegro, autor de sete gols até aqui.

- Eu queria deixar um recado. O Figueirense é muito grande, e o futebol mudou, hoje se resolve dentro das quatro linhas. O maior escudo não ganha jogo, o maior patrocinador não ganha jogo, não é o time que ganha mais dinheiro que vai ganhar. É em campo que as coisas acontecem.

De Belém, onde deu os primeiros passos no futsal do Remo, João Diogo, de 20 anos, fez toda a formação na base do Cruzeiro (teve uma rápida passagem pelo Criciúma), mas saiu do clube mineiro em 2018 em busca de oportunidades. O Figueirense lhe abriu as portas, e ele tem agradecido a chance da melhor maneira: com gols.

A inspiração dele está em outro atacante que brilhou em uma Copinha antes de explodir no futebol profissional: Gabriel Jesus, hoje no Manchester City e titular da seleção brasileira na última Copa do Mundo.

"Eu me espelho no Gabriel Jesus. É um cara que venceu na vida, saiu da favela, não desistiu e construiu a carreira passo a passo. Não é à toa que está onde está hoje. Eu tenho os pés no chão, sei que ainda não sou ninguém, sou trabalhador, Deus ajuda quem trabalha, e sei que um dia vou chegar lá".

Fonte: Por Heitor Esmeriz — Capivari, SP