Servidores iniciam greve geral

Categoria: Cidade Escrito por José Raimundo Feitosa

sindiA data de ontem, 30 de julho, ficou marcada no calendário aracajuano como o “Dia da luta unificada”, onde 11 sindicatos, com o apoio de duas centrais sindicais, paralisaram seus serviços e uniram forças, mesmo com pautas específicas, para protestarem contra as precárias condições de trabalho em que estão submetidos. Algo que afeta a todos, inclusive a sociedade. Os grevistas realizaram um ato na praça General Valadão, onde denunciaram o descaso em que vêm sendo tratados pelo atual gestor municipal de Aracaju. “Nós queremos dialogar com o prefeito Edvaldo Nogueira, mas não tem sido possível. Somos atendidos por uma comissão. Já protocolamos diversas solicitações, queremos falar diretamente com o prefeito para que essa situação seja resolvida o quanto antes. Estamos aqui para mostrar à população o que enfrentamos diariamente”, afirma o presidente do SINDIPEMA, Prof. Adelmo Meneses.

As categorias expuseram que durante o período eleitoral, Edvaldo Nogueira se reuniu com sindicatos buscando apoio, onde firmou o compromisso de valorizar os servidores. “Onde está a valorização que o prefeito tanto prometeu? Onde estão as melhorias de trabalho que tanto alardeou que faria? Isso que estamos vivendo é a melhor qualidade de vida?”, indignou-se a presidente do Sindicato dos Psicólogos – SINPSI, Inês Santana.

Na ocasião, criticaram o uso da rede social, que tem sido o canal de comunicação utilizado pelo prefeito Edvaldo para entrar em contato com os trabalhadores, pois quando procurado em seu gabinete, é uma comissão que recebe os servidores.

Outro ponto massivamente cobrado pelos grevistas é o reajuste salarial que não ocorre há cerca de dois anos para os funcionários. A categoria do magistério, que conquistou, por meio de lei federal, o piso salarial, não o recebe também há dois anos.

“O SINDIPEMA não abre mão do piso salarial, que é um direito adquirido. Enfrentamos diversas situações precárias nas unidades de ensino. Fomos procurados por pais de alunos para reclamar da falta de segurança nas escolas. Roubos são frequentes. Isso é absurdo. Se não há condições dignas para os trabalhadores realizarem seus serviços, a população é a mais afetada”, enfatiza Adelmo Meneses.

A greve termina hoje (31). Os manifestantes aguardam convocação do prefeito para resolver esta situação e proporcionar verdadeira melhoria na qualidade de vida.

Aderiram à greve os seguintes sindicatos: Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe (SINPSI), Sindicato de Nutricionistas e Técnicos de Nutrição do Estado de Sergipe (SINDINUTRISE), Sindicato dos trabalhadores Fisioterapeutas de Aracaju (SINTRAFA), Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (SINDIFARMA), Sindicato dos Agentes Comunitários e de Combate as Endemias de Aracaju (SACEMA), Sindicato dos Servidores do Detran de Sergipe (SINDATRAN), Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (SINDIPEMA), Sindicato dos Guardas Municipais de Aracaju (SIGMA), Sindicato dos educadores Sociais (SINTS/SE), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação dos Servidores Público Municipais do Estado de Sergipe (FETAM).

Fonte: Assessoria de comunicação