Zezinho defende permanência da Fafen

sobralO deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) esteve na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta segunda-feira, 17, para participar de uma sessão especial com o tema ‘A problemática e os prejuízos causados pela parada da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen).’ O convite foi feito pelo parlamentar baiano Eduardo Salles (PP), autor da propositura.

As unidades baiana e sergipana da Fafen estão hibernadas desde o início do ano e a Petrobrás anunciou estudos para arrendamento. Para unidade sergipana, três empresas já sinalizaram interesse para dar prosseguimento aos trabalhos. A Fafen produz amônia, ureia, empregados no sulfato de amônio e nitrato de amônio, que são os fertilizantes nitrogenados, além de gás carbônico, ácido nítrico, hidrogênio e agente redutor líquido automotivo.

O deputado Zezinho Sobral considera fundamental a união das Casas Legislativas dos dois estados para somar forças em defesa da Fafen. “Parabenizo os deputados da casa, em especial o propositor da sessão, o deputado Eduardo Salles, por reconhecer a importância e a necessidade do tema. Afinal, nosso país é agrícola e mantém a sua balança comercial positiva graças à agricultura, à agropecuária e à agricultura familiar. O Brasil é o país do agronegócio”, destacou.

De acordo com o líder da bancada governista na Assembleia Legislativa de Sergipe, “a Fafen é importante para nosso estado, para Laranjeiras e todos os municípios que integram os Vales do Cotinguiba e do Japaratuba. Esta fábrica em funcionamento contribui significativamente para que o Brasil produza e exporte fertilizantes, fortaleça a cadeia produtiva, arrecade mais ICMS para Sergipe e gere mais empregos. A Fafen pode gerar mais de 5 mil empregos diretos e indiretos e é estratégica para Brasil continuar produzindo fertilizantes nitrogenados. Com o fechamento, o Brasil pode ter 100% de importação de produtos, o que é um grande problema e não podemos ficar na dependência”.

O parlamentar sergipano também levou à discussão a mais recente descoberta da Petrobrás, que encontrou gás-natural em águas profundas da bacia de Sergipe, que já é considerada a maior descoberta desde o Pré-sal. “Manter as Fafens fechadas ou hibernadas é um absurdo, não é possível. Precisamos mantê-las funcionando. A Fafen da Bahia é essencial para o Pólo Petroquímico, da mesma forma que a Fafen de Sergipe soma-se à Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, projeto das Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE), em fase final de construção no município de Barra dos Coqueiros. O futuro de Sergipe é alvissareiro e promissor em termos de investimento na área de petróleo, gás e, também, de fertilizantes. A Petrobras não pode, unilateralmente, encerrar uma atividade de vital importância para a agricultura e para o Brasil como um todo. Há um potencial de desenvolvimento com a descoberta de gás-natural em Sergipe”, pontuou.

Para o deputado baiano Eduardo Salles, a sintonia entre Sergipe e Bahia é importante para que essa problemática que compromete o desenvolvimento dos dois estados vizinhos seja superada.

“Os impactos econômicos e sociais são enormes e já coloca em risco muitas empresas tanto em Sergipe quanto na Bahia. Estamos à disposição para discutir a sobrevivência da indústria petroquímica e da produção. Os danos causados à agropecuária com a paralisação das atividades da Fafen são enormes e obrigarão os produtores a importar insumos e pagar mais caro, acarretando o aumento dos custos e consequente repasse ao consumidor”, destacou Eduardo Salles.

Na opinião do parlamentar baiano, o fechamento da Fafen também pode comprometer a área de saúde. “Quem depende do tratamento de hemodiálise também será afetado. A Carbonor, uma das empresas prejudicadas com o fechamento da Fafen, adquire o dióxido de carbono (CO2), utilizado para fabricação de bicarbonato de sódio, essencial para tratamento de doenças renais crônicas e cerca de 130 mil pessoas podem ser afetadas. Ou seja, toda cadeia produtiva será prejudicada. Nosso povo perderá empregos e serviços”, ressaltou.

Também participou da sessão especial o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico de Sergipe, José Augusto Carvalho, que destacou que o fechamento da Fafen comprometerá a produção de ureia pecuária. “A ureia pecuária tem características distintas: precisa de seca e de rebanho. Só tem no Brasil. Não faz sentido produzir ureia mundo afora. O fechamento da Fafen causou esse transtorno ao Brasil. Não tem cabimento fechar as duas únicas fábricas do Brasil que produziam 20% dos fertilizantes”, disse.

O secretário também fez um resumo da descoberta de novos campos em águas profundas, em blocos explorados pela Petrobras e EXXON, com a capacidade de produção de petróleo e gás confirmados, estando em fase de planejamento para os investimentos necessários para início de produção comercial em 2023. O tema coloca Sergipe em grande destaque na produção nacional.

“A Fafen é uma indústria integrante de um grande polo industrial. No mercado do gás, a Petrobras é a única a produzir até esse momento. É grave fechar refinarias e indústrias”, pontuou.

A estimativa de produção dos campos da Petrobras é de 15 milhões de m³/dia. Em 5 anos, Sergipe terá uma enorme disponibilidade de gás para ser utilizado.

Sergipe está localizado no nordeste do país e tem uma população em torno de 2 milhões de habitantes. É produtor de fontes energéticas, como petróleo, etanol, biomassa, energia hidroelétrica, eólica e solar, além do gás – o combustível mais valorizado do mercado. Com a oferta de gás de grandes proporções, o estado quer convidar empresas consumidoras de energia a se instalarem em Sergipe para que aproveitem a nova oferta do combustível, sem custos de transporte da rede nacional.

“A integração dos campos com as indústrias da Bahia é fundamental. Pode entrar na pauta dos dois governos. Podemos baixar, sem muito esforço, o custo do gás para o consumo final em 31%, desde que haja um elo Bahia e Sergipe através de gasodutos próprios. Agenda de médio prazo que sugiro ser tratado entre os dois estados”, ressaltou o secretário.

Fonte: Assessoria

 

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