Professores paralisam atividades a partir de hoje

professores assembleiaProfessores da Rede Estadual de Educação, em Assembleia realizada na última quarta-feira (13), no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, aprovaram por unanimidade o início da greve da categoria por tempo indeterminado a partir de hoje.

Decidiram também em assembleia a realização de um Ato Público em frente ao Palácio do Governo, a partir de hoje, quando serão novamente apresentadas as reivindicações da categoria.

Os educadores esclarecem que a deliberação pela greve e pelo ato público foi definida a partir da negativa do Governo de Sergipe em garantir os direitos dos professores e professoras.

A partir da leitura do ofício enviado pelo Secretário de Educação para o SINTESE, como resposta à pauta entregue pela categoria no dia 30 de abril (quando aconteceu uma manifestação em frente à SEED), a presidenta do sindicato, Ângela Melo, fez contundentes críticas ao tratamento que o Governo dá aos professores e professoras. De acordo com Ângela, “o secretário Jorge Carvalho e o governador Jackson Barreto tratam o piso do magistério não como um direito, mas como uma pretensão da categoria. Esse é um Governo que se caracteriza por negação do direito e por criminalizar professores e professoras”.

Ângela frisou também que há em curso uma campanha difamatória e enganosa do Governo de Sergipe que tem como objetivo tentar desqualificar a mobilização dos professores e professoras. “Quem vê a propaganda e os discursos do Governo até pensa que não há mais problemas de violência nas escolas, que não há mais um grave problema na estrutura das escolas estaduais e que todos os professores recebem altos salários. Essa é a estratégia do governador Jackson Barreto: mostrar enganosamente que a educação em Sergipe vai a mil maravilhas”, disse.

Após os debates, a categoria avaliou que a única alternativa neste momento é a realização da greve. “Buscamos o diálogo e tentamos a negociação, mas o Governo de Sergipe mostra que não tem compromisso com os direitos do magistério. A prova foi a resposta que nos enviou por ofício. Por isso, essa é a hora de construirmos uma forte, bonita e organizada greve”, destacou o professor Roberto Silva, diretor da base estadual do sindicato.

O diretor de comunicação do SINTESE, Joel Almeida, reafirmou o vigor militante do sindicato e a disposição da diretoria para permanecer em mobilização. “Sempre que negarem os nossos direitos, temos a obrigação de ir às ruas dialogar com estudantes, pais e a comunidade em geral sobre os problemas que enfrenta a educação pública em nosso estado. Fizemos isso todos os anos, independente dos governantes. Com Jackson não será diferente: continuaremos na luta, nas ruas, em defesa dos nossos direitos”, disse Joel.

Além da greve e do ato público em frente ao Palácio do Governo, os professores e professoras aprovaram outras atividades de luta, como campanha na mídia televisiva, radiofônica e outdoors, como forma de enfrentar o discurso enganoso do Governo; acompanhamento da agenda do Governador, de modo a pressioná-lo pela garantia dos direitos da categoria; mobilizações e atos nos bairros de Aracaju e nos maiores municípios do estado.

Para a coordenação da greve e de todas as atividades de luta, foi aprovada na Assembleia a criação de um Comando de Greve, formado por professores que integram a diretoria e também da base.

Os professores e professoras aprovaram também a realização de uma nova Assembleia da Rede Estadual na próxima quarta-feira, dia 20, para avaliar o andamento da greve e das mobilizações e definir os próximos passos.

Durante a Assembleia, a direção do SINTESE informou também sobre o andamento da ação que pede a inconstitucionalidade da lei estadual 213/2011, que desvinculou a formação em Nível Médio do quadro permanente de educadores da rede estadual. Segundo a presidenta do sindicato, o processo encontra-se no Supremo Tribunal Federal, nas mãos do ministro Celso de Mello, e um advogado do sindicato irá à Brasília na próxima semana para tentar uma audiência com ministros do STF.

Por fim, os professores demonstraram indignação com um artigo escrito pelo colunista Rodorval Ramalho e publicado recentemente num jornal local. A respeito disso, os professores aprovaram uma moção de repúdio ao colunista.

Fonte: Sintese

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