Conselho de Administração do clube se divide em avaliação de trabalho do treinador e admite possibiliade de mudança
Após testar positivo para Covid-19, Renato Portaluppi não estava à beira do campo na derrota por 2 a 1 do Grêmio para o Independiente del Valle, na última quarta-feira, na Arena. Mas o impacto da eliminação precoce na Libertadores recai sobre o técnico.
E sob forma de pressão crescente, capaz de ameaçar a sua continuidade no cargo. O técnico é alvo de cobranças e contestações internas e externas. Tanto que a diretoria gremista terá uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, conforme uma fonte ouvida pelo ge, com um tópico em pauta: a saída (ou não) de Renato.
O tema será discutido pelo Conselho de Administração, presidido por Romildo Bolzan e que tem mais seis vice-presidentes: Marcos Herrmann, Cláudio Oderich, Paulo Luz, Duda Kroeff, Guto Peixoto e Adalberto Preis. Os integrantes divergem cada vez mais sobre a permanência do treinador.
O presidente sempre se posiciona a favor da continuidade de Renato. Mas há pelo menos dois vices que consideram a saída mais iminente. Outros nomes, como Preis e Kroeff, são a favor da continuidade. O certo é que a quinta será de pressão interna.
O ge ouviu fontes ligadas ao Conselho de Administração madrugada adentro nesta quinta. A sensação entre as pessoas consultadas é de que a possibilidade de saída cresceu consideravelmente.
Já existia pressão sobre Renato durante as conversas para a renovação, no início de março, com correntes internas do clube se posicionando contra a permanência. E ela só aumentou.
Por Eduardo Moura, Leonardo Muller e Lucas Bubols — Porto Alegre